Nesse cenário caótico em que estamos vivendo, resolvi dar uma parada no blog, mas agora pretendo retomar através desse novo artigo, sobre o que mulheres que viajam sozinhas estão fazendo em isolamento social.
Como controlar a ansiedade durante o isolamento social? Como ficar tranquila sem saber quando poderemos viajar de novo com segurança? Até quando vai essa pandemia?
São perguntas bem complicadas de responder, mas esse é o momento de cuidar de nossa saúde e principalmente de quem amamos.
O que eu estou fazendo durante o isolamento social?
Faz uns anos que trabalho em home office, quanto a isso, minha rotina não mudou muito. Tenho clientes de Marketing Digital, além de ser editora do blog Roteiros para Viajantes.
Tinha vários eventos de turismo para ir, todos desmarcados, e logo embarcaria para o Peru, para visitar Lima e Machu Picchu, mas infelizmente não foi dessa vez.
Tenho evitado ver notícias o tempo inteiro, pois vi que isso estava me deixando deprimida e ansiosa. Impossível prever o futuro nesse momento!
Estou tentando ter uma rotina de exercícios de yoga (novo aprendizado), meditação e voltei ao hábito da leitura para ocupar minha mente.
O último livro que li e achei muito interessante foi “O poder do subconsciente”, e no momento estou terminando“Essencialismo”. Mas pretendo fazer um post somente com indicação dos livros.
A Netflix também tem sido minha grande companheira, com destaque para os filmes espanhóis de suspense.
Acredito que após essa pandemia tudo será diferente, principalmente no setor de turismo. Mas o importante é viver o presente e pensar no que esse momento lhe trouxe de positivo em sua vida.
Veja também: Como viajar sozinha pela primeira vez?
Influenciador solidário e auxiliando profissionais no Instagram
Por Maria Cármen de Araxá – MG, do @fuialieteconto
“Fiquei muito feliz ao receber o convite da Lizandra para dizer o que tenho feito durante a quarentena, até porque “escrever” é uma das poucas atividades que consigo me concentrar durante esses dias… Por exemplo, comprei um curso sobre comunicação do Marcelo Tas e não consegui finalizá-lo com excelência.
É…Confesso que gostaria de ter feito dessa pausa um momento para um ócio mais produtivo…
Mas, tudo bem, a frustração faz parte…Mas, eis o que tem me deixado mais no eixo: continuar minhas sessões de psicanálise, contratar um personal trainer virtual (porque, se esperar que eu faça atividade física sozinha, eu não vou fazer mesmo), receber reike a distância, brincar com minha cadela e evitar notícias em excesso. No máximo, uma vez por dia, eu vou ao Twitter e me inteiro do que está acontecendo.
Além do mais, sigo produzindo no Instagram e admito certa dificuldade, uma vez que falar de viagens nesse momento não é muito fácil. As pessoas vão voltar a viajar? Sim, mas em quais circunstâncias, quando, com qual nível de prioridade? Mas, tento me abastecer de boas criações de conteúdo para tentar ser um pouco mais criativa.
E também tem um outro viés. No começo desta pandemia, criei um quadro: “Influenciador solidário”, no qual eu divulgava gratuitamente pequenos negócios que estavam oferecendo serviço delivery, usando da internet. E, outra, auxiliei um personal trainer a utilizar do seu Instagram para conseguir aluno. Quando suas postagens começaram a converter em resultado, foi bem recompensador.
Ainda não vivo digitalmente. Mas, como já estudei um pouco sobre a ferramenta do Instagram, pensei que tinha chegado a hora de ajudar quem precisa migrar para o online.
Bom, é isso! Espero reencontrá-las pelas estradas da vida. Mas, enquanto isso, força na peruca e contem comigo para o que precisarem.”
Retomei os estudos de inglês e espanhol, voltei a ler e escrever com maior freqüência
Por Natalia de Salvador – BA – do @naty_libhaber
“Minha primeira semana em isolamento foi bem difícil. Me afoguei em todas as notícias disponíveis sobre o coronavírus, querendo entender um pouco mais sobre este fato tão inacreditável, até perceber a dimensão que havia tomado na minha vida, afetando meu sono, meu trabalho e, principalmente, minha energia.
Continuo trabalhando, mas sem as horas diárias perdidas no trânsito, possuo muito mais tempo livre. E quantos planos não adiamos pela ausência de tempo?
Percebi então o privilégio que tenho neste momento e, para começar, voltei a meditar, treinar e fazer yoga praticamente todos os dias, no intuito de melhorar minha saúde mental, sobretudo após ter duas viagens canceladas (viciados me entenderão).
Também retomei os estudos de espanhol e francês, voltei a ler e escrever com maior freqüência – quatro grandes paixões – e, por uma completa necessidade, precisei dar intensa vazão ao meu lado Ana Maria Braga, que até então eu nem sabia ser existente, mas que tem me deixado surpresa! Pode parecer muita coisa, mas a verdade é que as pessoas ficariam espantadas se cronometrassem o tempo que passam na internet com distrações.
Claro que nem todos os dias serão felizes e produtivos, mas creio que o importante não é desesperadamente preenchermos as horas com inúmeras atividades.
Acho que o coronavírus não é apenas uma tragédia, veio como aprendizado, para refletirmos sobre nossos valores, prioridades, nossa relação com nós mesmos e com o mundo em que vivemos. Uma chance de talvez recomeçarmos de uma forma melhor.”
Criando rotinas caseiras que possam integrar a casa com os afazeres do trabalho
Por Jordana de Boa Vista –RR– do blog @joviajou
“Para aliviar a ansiedade, estou meu informando sobre a doença de forma moderada em sites seguros. Usando a redes sociais e internet para preencher meu tempo, fazendo cursos onlines e criando conteúdo para ajudar pessoas na quarentena. Sensibilizando da importância de ficar em casa e usar máscara ao sair de casa.
A noite leio um capítulo de livro por dia e se tiver tempo, assisto a um filme ou episódios de série. Arrumo um dia para ouvir podcasts e entrar em contato com amigos.
A dica é usar a informação ao seu favor e não fazer com ela te atrapalhe no dia a dia. Criar rotinas caseiras que possam integrar a casa com os afazeres do trabalho. Obrigada pelo convite.”
Fazendo lives para ajudar quem quer trabalhar em navios
Por Aline do Rio de Janeiro – RJ – do @alinestravels
“Está bem complicado para todos, porém o isolamento é necessário. Com as fronteiras fechadas já não podemos ter essa liberdade de ir e vir. Viajar está impossível agora, pois não é o momento.
E isso gera consequências complicadas para todos. Não estamos falando apenas das mortes, apesar desta ser a pior parte, mas também dos efeitos nocivos na economia e das mudanças drásticas na rotina da população.
Mas não podemos pensar que seja o fim ou que essa pandemia não vá acabar, porque isso não é a realidade. Vai passar sim, só não sabemos quando.
E podemos sim, fazer planos. Eu saí do trabalho para fazer um ano sabático e quando ia começar depois de ter viajado ao Nordeste, a pandemia começou. Planos adiados, mas não cancelados.
Irei para os Estados Unidos e Canadá, depois Europa. Algumas meninas falaram de Tailândia, quem sabe vou com elas? Idéias de viagens vêm surgindo.
Por agora, estou em casa com meus pais, cuidando de mim e da minha saúde. Fazendo check-up, cuidando até da pele e do cabelo. Estudando online para enriquecer o meu currículo, estudando Italiano para mais um intercâmbio na Itália e assistindo muita TV, séries e filmes como todos. Também fazendo lives para ajudar quem quer trabalhar em navios, passando meus conhecimentos e conselhos.
Vamos tentar fazer algo positivo das nossas vidas e continuar sonhando para realizar depois.”
Dias de muito aprendizado, como pintar quadros e cozinhar
Por Camila Castanheira de São Paulo – SP – do blog @acordeiqueroviajar
“Dias de muito aprendizado. Essa é a minha conclusão. Antes de fazer a quarentena no Brasil, passei por alguns momentos dificeis tentando voltar para casa. Quando a OMS declarou pandemia eu estava na Noruega e todo espaço aéreo europeu praticamente fechou.
Quando cheguei no Brasil, fiquei 15 dias isolada do universo. Nem delivery meu prédio autorizou a pedir. O que achei correto. Felizmente eu não tive nada, nenhum sintoma.
Mas passar por estes 15 dias foi um mix de sentimentos difícieis. Tive a fase do cair na realidade, o de aceitação e o de ação. Chorei, comecei a meditar e meu lado criativo desabrochou.
Pintei quadros e aprendi a cozinhar. Atualmente estou estudando história da arte online e tentando aprender árabe. Também estou desenvolvendo diferentes produtos e conteúdos sobre viagem para o futuro.
Posso dizer que lidar com as limitações de espaço esta me transformando em uma pessoa melhor. Eu acho que nasceu uma outra Camila.”
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O que quero passar com esse artigo? Faça desse momento complicado, um tempo de aprendizado e auto-conhecimento.
Fique bem, que logo mais estaremos viajando! Abraços.